Sessões da Câmara de Milagres seguem no mesmo dia e horário; você participa?

Não haverá mudança no dia e horário das sessões ordinárias da Câmara Municipal de Milagres. Os encontros no Plenário Chico Abraão seguirão acontecendo às sextas-feiras, as 10h00. Isso, em razão do projeto apresentado pelo Presidente Ubelardo dos Santos não ter sido acatado pela maioria dos edis: foram cinco votos contra; dois a favor e duas abstenções. A proposta transferia as sessões para às 16h00, ou, em último caso, para às 19h00, permanecendo as sextas-feiras.

Nas redes sociais o parlamentar explicou que “a intenção era permitir que a população que trabalha durante o dia, pudesse participar, em horário mais acessível, das sessões e acompanhar o trabalho do Poder Legislativo”.

O estímulo a participação popular na Câmara Municipal é sempre salutar e bem vinda, mas a questão do horário, não creio que seja determinante. Tomo como exemplo o que acompanhei, por dois anos, na vizinha Mauriti. Lá, entre 2013 e 2014, as sessões ocorriam no horário matinal e sempre tinha plenário lotado. É bem verdade que, posteriormente, os encontros foram transferidos para a noite. Sim, lá o povo tinha vez e voz na tribuna.

Em todo caso, em primeira análise, a transferência para o horário noturno permitiria sim a presença de um número maior de pessoas. Todavia, Milagres ainda precisa criar a cultura política de participar das decisões que determinam o nosso cotidiano. Participar sem paixão, sem denegrir quem tem pensamento distinto ao seu. É ir para a Câmara monitorar os parlamentares, acompanhar de perto os que eles defendem, se o que dizem e fazem têm o povo como ponto inicial e final. Esse é o verdadeiro controle social. Sem exageros e sem apego a bandeiras políticas.

Seja pela manhã, seja à noite, que façamos da Câmara Municipal a verdadeira Casa do Povo. O que se decide lá é de muito interesse nosso, do povo. Logo, é lá que o povo deve estar.

E a propósito: qual a última vez que você frequentou a sessão da Câmara Municipal? Foi defender seus interesses, enquanto povo, ou uma bandeira política?


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