Temer quer mexer com a aposentadoria do trabalhador rural

A reforma da previdência defendida pelo Presidente Temer e que vai ser enviada ao Congresso quer mexer também com os trabalhadores rurais. Até eles vão sofrer as consequências de uma reforma perversa e injusta. Gente que passou a vida dedicada a agricultura, que sofre com a inconstância da quadra invernosa no Nordeste, mas que agora vai ter que contribuir pelo menos 25 anos para se aposentar.

Atualmente, trabalhadores rurais têm regras diferentes de aposentadoria das de trabalhadores urbanos. Mesmo não contribuindo com a Previdência, eles têm acesso ao benefício ao atingirem a idade mínima de 55 anos (mulheres) e 60 anos (homens) se comprovarem terem exercido atividades no campo.

Pela proposta de reforma do governo, os regimes seriam unificados. Para se aposentar, trabalhadores rurais também serão obrigados a contribuir por 25 anos e ter uma idade mínima de 65 anos para se aposentar. Essa contribuição seria de 5% do salário mínimo o que equivale hoje a R$ 46,85.

É hora dos sindicatos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais mostrarem sua força. Mostrarem que realmente defendem a bandeira do trabalhador rural. É inadmissível que fiquem calados e parados diante de tamanho golpe contra a categoria.

E no mais, não é ser contra a reforma previdência - já que tanta gente que se diz especializada no assunto ratifica sua necessidade -, mas é a forma como a mesma está sendo enfiada goela abaixo do trabalhador. É preciso analisar os dois lados da moeda. Não é apenas o bolso da previdência que deve prevalecer. O ser humano, mais ainda. Ou a vida deixou de ter o valor que Deus projetou?

Reforma da previdência: nos moldes que se desenha, sou contra! 


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