O dilema de virar situação ou oposição com coerência

A política é dinâmica! A velha máxima do ex-governador Gonzaga Mota é cada vez mais atual. Aqui em Milagres, naturalmente após o resultado do pleito municipal do ano passado, quem era situação virou oposição e vice-versa.

O interessante é ver pessoas que fechavam os olhos para todo tipo de problemas que o município vivia há anos e agora critica qualquer ação da atual administração.

E não quero entrar no mérito se as críticas são merecidas ou não, reconhecendo, todavia a necessidade real do controle social das ações governamentais. Se há falhas, é necessária sim a cobrança. Se há acertos, é preciso reconhecimento.

Mas por que não fazia isso antes? Por que não cobrava da gestão passada? A mesma análise vale para quem hoje é situação, mas até ano passado cobrava com veemência a correção dos erros por parte da administração. Vai manter o mesmo critério?

Milagres precisa parar de encarar a política com paixão cega. Os que estão ao meu lado são os melhores e os que estão do outro lado, os piores. Essa visão não pode prevalecer. É preciso prudência. É preciso ter bom senso e usar o aplauso e a vaia de forma racional. A máxima vale para todos nós, eleitores, e vale também para os políticos.

Ser situação ou oposição é uma situação provisória que depende do resultado das urnas. No entanto, ser responsável, justo, coerente, deve ser uma qualidade constante das pessoas de bem e deve prevalecer todos os dias, independentemente de resultado político-partidário.

Ser situação ou oposição é uma decisão democrática de cada pessoa e deve ser respeitada, afinal cada um tem o direito de levantar a bandeira política que entenda ser a melhor. Mas, independentemente do lado que você está, haja com justiça, seja lá quem for seu governante. Eu não posso apenas aplaudir, porém, não posso também apenas vaiar.

É impossível uma gestão municipal apenas errar, como é impossível ela apenas acertar. E quanto acertar, devo reconhecer. Assim como, devo cobrar quando errar.

Ou você ainda vai encarar a política com a visão ofuscada da realidade?


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