O desperdício de dinheiro público nas cartas dos nobres deputados

Cartas na central dos Correios em SP (Ernesto Rodrigues/Agência Estado)
Você ainda envia cartas para algum parente ou para a namorada que, de repente, teve que viajar e ficar distante por algum tempo? Claro que não, né! Mandar carta virou algo demodê ante a evolução da tecnologia. Hoje a gente se comunica com apenas o toque dos dedos no celular.

Mas se você não faz uso dos Correios, que logo vai perder sua função principal, tem um pessoal lá em Brasília que usa, e usa bastante. Também quem paga a conta não são eles mesmos!

Falo dos nossos amados deputados federais, e senadores porque não!. Gente da melhor espécie, vale ressaltar! Li hoje no UOL. "Em um ano, 564 deputados federais, entre eleitos e suplentes, utilizaram R$ 3.987.966,95 em serviços postais da chamada cota parlamentar, verba indenizatória concedida pela Câmara dos Deputados --são cerca de R$ 332 mil mensais". A matéria ainda ressalta que Eros Biondini (Pros-MG), integrante da Renovação Carismática da Igreja Católica e ex-apresentador do programa "Mais Brasil", da TV Canção Nova, enviou 149.009 cartas no período, além de 233 correspondências registradas.

Um gasto desnecessário quando inúmeras formas de comunicação ficam cada vez mais populares. Falam em economizar gastos, mas a cota de retenção não os atinge, pois estão acima do bem e do mal. Fico imaginando que serventia as correspondências oficiais do Congresso Nacional tem em nossas vidas. Será que você fica na calçada, impaciente, esperando o carteiro chegar com a carta de seu deputado federal?

E pra concluir, uma dica: se você receber alguma correspendência vinda da capital federal, dê logo a ela o destino correto. Porém, apresse-se, pois agora o carro da coleta de lixo tem horário marcado.


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