Chega de podridão na política

A cena política está cada vez mais repugnante. Os sucessivos escândalos e operações da Justiça e Polícia evidenciam a urgente necessidade de uma reforma política que, corte na raiz, todos os males (e não são poucos) que a corrupção construiu ao longo dos anos, engordando as contas dos quem usam a política apenas para atender seus interesses.

A sociedade não pode aceitar uma reforma política fictícia que muda normas eleitorais, mas que no fundo, preserva o alicerce do toma lá da cá, na qual o povo nunca recebe, mas dá e muito. Basta ver o tamanho dos impostos, dos juros e dos preços nos supermercados. 

Chega das reeleições infinitas nas esferas legislativas; chega do financiamento privado nas eleições; chega do famigerado foro privilegiado; chega de autoridades judiciais sendo indicadas por membros do executivo; chega de tantos partidos políticos; chega de licitações fraudulentas; chega de corrupção; chega...

Pior é perceber que a multidão que foi às ruas exigindo o fim do PT e a prisão de Lula e Dilma - em um julgamento precipitado financiado pela mídia e o judiciário -, não vai às ruas exigir respeito às leis e combater a podridão que toma conta da política. A saída de Dilma, culpada ou não, não aliviou o forte cheiro que ronda Brasília e outros tantos lugares. Talvez esteja ainda mais insuportável. 

E nesta história não existe mocinho ou santo. A lista, aliás, é bem maior da que sai na imprensa constantemente.


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