Análise da eleição sindical que não valeu

Movimentação na sede do Sindicato (Reprodução)
Era uma eleição sindical. Associados do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Milagres foram convocados, por meio de edital, a comparecer as seções eleitorais neste domingo (26) para definir a nova diretoria da entidade. Os associados com direito ao voto deveriam comparecer aos locais indicados e, livremente, escolher seus candidatos. Enfim, era para tudo transcorrer normalmente. Era.

Duas chapas foram inscritas. Uma que mantinha o atual modelo administrativo do sindicato e outra que falava em renovação. Ou seja, o associado tinhas nas mãos a oportunidade de definir quem rumo desejava para a entidade já que as propostas estavam claramente expostas na mesa: continuidade ou mudança.

Mas tranquilidade foi tudo que não se viu neste domingo. Há relatos nas rede sociais de associados que dizem estar em pleno gozo de seus direitos, mas cujo nome não constava na folha de votação. Até a Policia Militar foi vista na sede do sindicato, conforme vídeo compartilhado pela equipe da Som da Terra FM.

O Portal OKariri, por sua vez, publicou que a razão da anulação do processo eleitoral deste domingo se deu por conta de seções terem encerrado os trabalhos antes do horário limite das 16h00. Além disso, o fato mais grave em nossa visão: algumas urnas teriam sido subtraídas por pessoas alheias ao processo e sem a permissão da comissão e nem das chapas concorrentes. Um verdadeiro absurdo!

Entender que o processo sindical transcorre sem a interferência da política partidária é a mesma coisa de acreditar na presença do Papai Noel descendo a chaminé na noite de Natal para deixar, com seu bondoso coração, os sonhados presentes às crianças. Por outro lado, isso não quer dizer que a política partidária tenha influência em tudo que se assistiu hoje. Tomara até que não!

O importante é que o processo que foi remarcado para 23 de abril seja transparente. Agora, mais do que nunca, os associados em especial, devem exigir isso da comissão responsável e das chapas concorrentes.

O sindicato é um patrimônio dos trabalhadores e trabalhadoras rurais e não pode ficar a mercê de situações absolutamente reprováveis como as que foram noticiadas.

Façamos a campanha #eleicoeslimpasnosindicato


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